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Vamos à Manaus de Barco

Primeira Parte: 

Esta semana decidi unir o útil ao agradável, e o resultado foi surpreendente. Com um congresso marcado em Manaus para o final do mês, aproveitei a oportunidade para realizar um sonho antigo: uma viagem de barco de quatro dias entre Porto Velho, em Rondônia, e Manaus, no coração da Amazônia.

Partindo de Vilhena, no extremo sul do estado de Rondônia, segui pela Br364 até Porto Velho. Optei por comprar a passagem de ônibus, já que as passagens aéreas na região são excessivamente caras. Uma passagem de avião pode chegar a custar até 600 reais, enquanto a de ônibus mais cara custa 165 reais. 

Escolhi a opção mais econômica, porém confortável, com ar-condicionado e água gelada, por apenas 88 reais. E para percorrer os 750 quilômetros do trajeto, nada melhor do que economizar sem abrir mão do conforto.


A ideia é viajar de barco de Porto Velho, capital de Rondônia, a Manaus pelo trecho navegável do Rio Madeira, que é a principal linha de escoamento da produção de soja do estado. O Rio Madeira é formado pelos rios Bene, proveniente da Cordilheira dos Andes pela Bolívia, e pelo rio Mamoré-Guaporé, que faz divisa com a Bolívia.


Cheguei à Porto Velho às 4:30 da manhã, a rodoviária da capital é muito desorganizada, parece mais um hospital de tratamento de bêbados e sem-tetos do que um Terminal Rodoviário. Pelo horário, o clima é tenso. Logo que cheguei procurei um hotel próximo pelo GPS, certificando-me de que fosse acessível financeiramente para passar o fim da noite.

Pelo GPS apresentou uma lista de vários hotéis, aos quais liguei, mas não gostei dos preços que não baixavam de 120 reais a diária sendo que o check-in era às 12h. Na quarta ligação, encontrei um hotel de nome Guajará que me fez uma oferta de 60 reais a diária com café da manhã e que me permitia entrar às cinco da manhã.

O hotel ficava ao lado da Rodoviária, peguei as mochilas e fui... Chegando vi que o era quarto pequeno com apenas uma cama, mas com ar-condicionado e banheiro privativo. Logo tomei um bom banho e dormi até às 8h10 para não perder o café da manhã. Depois do café, fiquei um tempo no Facebook e logo parti para procurar o porto e comprar minha passagem de ida para Manaus, iniciando assim a minha jornada.

Comentários

  1. tocoinvejaaaa!

    Cara, depois me conta como que os indígenas e ribeirinhos dai fazem pra se livrar dos ataques de mosquitos? Porfa, pesquisa essa pra mim... rsrsrs

    Se eu vou pra um acampamento de uma noite aqui em Floripa mesmo já volto pra casa toda embolotada, hauhauahuahu!

    Vai escrivinhando.

    Boa flutuação!

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    Respostas
    1. Os ribeirinhos os quais vieram no barco me disseram que já se acostumaram com eles e nem os incomoda mais. falei e o repelente? Para quem não é acostumado ajuda.... tio sem graça!

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  2. E Dhiony, que vida boa heim! Tudo de bom a vc.

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